Tumores de cabeça e pescoço são uma nomenclatura genérica para o câncer que se localiza em regiões como boca; língua; palato mole e duro; gengivas; bochechas; amígdalas; faringe; laringe (onde é formada a voz); esôfago; tireoide; e seios paranasais.

Mas por que essa mobilização? Há um motivo: nos últimos anos, o diagnóstico do câncer de faringe tem aumentado a partir da infecção pelo papiloma vírus (HPV). De acordo com o INCA, são cerca de 43 mil novos casos anualmente, mas 7% dos brasileiros podem desenvolver o tumor pelo HPV detectado na boca.

De acordo com SBCCP, o contágio por ocorrer da prática de sexo oral e em pessoas que possuem múltiplos parceiros sexuais. Dessa maneira, temos 14 milhões de brasileiros que podem contrair a doença a partir dessas práticas.

Um diagnóstico precoce e o rápido início do tratamento são fundamentais para a cura do câncer de cabeça e pescoço. Um dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio: em 60% dos casos ele ocorre e pode deixar sequelas no paciente.

O INCA afirma que o câncer de boca, laringe e partes adjacentes é, hoje, o segundo mais frequente entre os homens, atrás apenas do câncer de próstata. Nas mulheres, o de tireoide é o mais comum, entre os cinco que mais ocorrem.

É sempre recomendado manter hábitos de vida saudáveis, evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, ingerir alimentos saudáveis, praticar atividade física regularmente, tomar a vacina contra o HPV e usar preservativo também no sexo oral.

No Brasil, 80% dos cânceres de cabeça e pescoço são causados por cigarro e álcool, e quando os dois são associados, o paciente aumenta em 20 vezes a chance de desenvolver esses tipos de câncer. O tratamento é, geralmente, como o de outros tipos de tumor: cirurgia, quimioterapia ou radioterapia, a depender da gravidade.

O tipo de tratamento do câncer de cabeça e pescoço é definido pelo estágio da doença: se ela está restrita ao órgão de origem ou se ela se estende para outros órgãos. Após o diagnóstico, o médico discutirá com o paciente as opções de tratamento.

As principais opções terapêuticas para pacientes com câncer de cabeça e pescoço incluem cirurgia, radioterapia (radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que causam o tumor), quimioterapia (compostos químicos são introduzidos no organismo para combater o câncer por via oral, intravenosa, intramuscular, pela espinha ou sobre a pele) e terapia-alvo (combate as moléculas específicas do câncer, direcionando a ação do medicamento, reduzindo as chances de atingir células normais e acarretar efeitos colaterais). Em muitos casos, ocorre a combinação deles.

Na maioria dos casos de câncer de cabeça e pescoço é empregada a cirurgia, acompanhada ou não de radioterapia. Como os locais onde as lesões surgem são variados, o tipo de cirurgia, a terapia aplicada após esse procedimento e a recuperação são diferentes conforme a sensibilidade do paciente.

A imunoterapia também pode ser indicada em casos mais avançados. Esse tratamento promove a estimulação do sistema imunológico por meio de medicamentos que modificam a resposta biológica do organismo.