Febre amarela: sintomas, tratamento e prevenção
Febre amarela: sintomas, tratamento e prevenção
Saúde e Bem-Estar -
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, que pode ser transmitida pela picada de dois tipos de mosquitos. Na área rural, a contaminação se dá, na maioria dos casos, pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes (chamada de transmissão silvestre). Na zona urbana, por meio do mosquito Aedes aegypti, o surto atual é de transmissão silvestre - não existem casos de transmissão urbana desde 1942.
1. Sinais e sintomas da febre amarela
2. Tratamento para a febre amarela
A doença pode ser assintomática ou apresentar um quadro semelhante ao de gripe e até chegar a formas graves e potencialmente fatais. O período de manifestação dos sintomas varia de três a seis dias geralmente. Mas os primeiros sinais da febre amarela podem aparecer até 15 dias após a picada do mosquito contaminado.
Manifestações mais leves da febre amarela - quando os sinais e sintomas da doença assemelham-se aos da gripe, após três ou quatro dias do aparecimento, eles regridem e o organismo se recupera. Durante esse período, o paciente pode apresentar:
- Febre alta;
- Calafrios
- Mal-estar;
- Dor de cabeça;
- Dores musculares;
- Prostração;
- Náuseas e vômitos.
Manifestações mais graves da febre amarela - há uma melhora por um breve período, que pode durar até um dia, e depois surge a forma mais grave da febre amarela. O paciente pode apresentar:
- Icterícia;
- Insuficiência hepática e renal;
- Acometimento neurológico e coma;
- Atenção: o pronto atendimento é fundamental, pois a mortalidade nessa segunda fase chega a 50%.
Ainda não existe tratamento específico para a febre amarela. Os sintomas podem ser aliviados com a prescrição de analgésicos e antitérmicos.
Importante: os salicilatos devem ser evitados, já que podem favorecer o aparecimento de hemorragias.
A única forma de prevenção contra a febre amarela é a vacinação. O esquema compreende a aplicação de duas doses, tanto para adultos quando para crianças.
Vacinação para crianças - a primeira dose deve ser dada aos nove meses e a segunda aos quatro anos. Assim, a imunização está garantida para o resto da vida.
Vacinação para adultos - a orientação é que a segunda dose seja ministrada dez anos depois da primeira.
Contraindição de vacina - a imunização é contraindicada para crianças menores de seis anos, gestantes, mulheres que amamentam e pacientes de câncer.
Casos especiais - pessoas com doenças febris moderadas ou graves, pessoas com mais de 60 anos nunca antes vacinadas e pessoas infectadas por HIV (sem sinais e sintomas da doença com imunossupressão moderada) devem ser avaliadas antes da vacinação.
Repelentes - o uso de repelentes é indicado para evitar a picada pelos mosquitos transmissores. Existem formulações próprias para crianças entre seis meses e dois anos de idade e para gestantes. Mas crianças menores de seis meses não podem receber o produto. Também devem ser usados repelentes ambientais no quarto de dormir.
Blusas de manga compridas e calças - é recomendado deixar o mínimo de áreas do corpo descobertas para dificultar a picada dos mosquitos.
Telas protetoras - instalar nas janelas e portas telas próprias para evitar a entrada de mosquitos. Também é recomendado dormir sob mosquiteiros.
Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica