Entenda como funcionam as cirurgias orais
Entenda como funcionam as cirurgias orais
Saúde e Bem-Estar -
Cirurgias odontológicas ou cirurgias orais são aquelas realizadas pelo cirurgião-dentista na boca, podendo ser da retirada de um dente danificado até problemas mais complexos, como câncer oral. Geralmente, são indicadas por profissionais para prevenir ou reabilitar a saúde bucal dos pacientes.
2. Quais os riscos do procedimento?
3. A idade avançada é um problema?
Segundo a coordenadora técnica de Odontologia Preventiva do Grupo NotreDame Intermédica, Jaqueline de Carvalho, há muitos tipos de cirurgias odontológicas: ""Denominamos como cirurgia as intervenções que envolvem remoções de lesões, cistos, tumores em tecidos duros (ósseos) ou moles (gengiva, língua e mucosa), remoção de dentes decíduos ou permanentes"" diz. Há também as cirurgias por causa de fraturas em ossos da face, mandíbula e maxilar, procedimentos de implantes dentais e enxertos ósseos. E completa: ""As cirurgias mais comuns são as extrações dentais"".
Segundo a especialista, ""as extrações são indicadas quando todas as possibilidades de tratamento para o problema são esgotadas"". Os principais motivos são:
- Casos de cáries extensas com infecções que não respondem ao tratamento de canal e atingem o tecido ósseo;
- Fraturas sem possibilidade de restauração;
- Traumatismos que provoquem grande mobilidade dental ou grandes fraturas no dente;
- Dentes supra numerários – quando existem dentes a mais na arcada;
- Em casos de falta de espaço na arcada por indicação ortodôntica.
""Qualquer procedimento cirúrgico, por mais simples que seja, envolve riscos"", enfatiza ela. As principais consequências negativas que podem surgir durante o procedimento são:
Hemorragia durante ou no pós-operatório;
Lesões em nervos, que podem causar perda de sensibilidade local temporária ou permanente;
Lesões em vasos sanguíneos;
Fraturas ósseas;
Infecções no pós-operatório;
Dificuldades na cicatrização;
""O cirurgião dentista faz um acompanhamento detalhado, orientando o paciente sobre os cuidados, prescrevendo medicações no pré e pós-operatório para diminuir o risco de edemas, dores e infecções"", explica Jaqueline, e acrescenta: ""O cirurgião dentista também leva em conta o a idade e condições bucais, físicas e sistêmicas do paciente"".
""A idade em si não é um impedimento, se o paciente for saudável"", conta Jaqueline. Todavia, caso o paciente tenha problemas crônicos de saúde, como diabetes, hipertensão, problemas circulatórios, vasculares ou doenças hematológicas ""a abordagem será diferenciada e outros cuidados preventivos serão tomados"", explica a especialista.
No caso de uma extração, mesmo sem grandes intercorrências ou complicações, recomenda-se evitar bochechos vigorosos e consumir alimentação leve e fria nas primeiras 48 horas do pós-operatório. ""Líquidos ou alimentos gelados, como iogurtes, gelatina ou sorvete são recomendados porque favorecem a cicatrização e diminuem o risco de hemorragia"", indica. Além do sorvete ou da gelatina, a especialista enfatiza que é essencial a prescrição de antibióticos e analgésicos de cinco a sete dias. ""Depois disso, os pontos são retirados"", diz.
Durante o pós-operatório a higiene bucal deve ser realizada três vezes ao dia. ""O cirurgião dentista fará a orientação ao paciente em relação às adaptações ou o uso de produtos específicos como enxaguantes bucais, se houver necessidade"", conta a dentista.
Muitas pessoas têm medo de ir ao dentista. Jaqueline atribui este medo à desinformação: ""por não existir o hábito de fazer um check-up odontológico anual, a maioria das pessoas só procura o dentista em casos de emergência ou quando está com dor"".
""A odontologia evoluiu muito, tanto nos equipamentos, como nos materiais e nas técnicas. Atualmente, a maioria dos procedimentos são realizados de forma segura, rápida e indolor"", diz a dentista. Ela ainda acredita que, ao incentivar as pessoas a fazerem visitas semestrais ou anuais ao dentista e investir em campanhas que enfatizem a importância da higiene bucal, esse medo pode passar a ser menor, ""já que assim os procedimentos invasivos passam a ser cada vez menos necessários"".
Fonte: Grupo NotreDame Intermédica com a colaboração da Dra. Jaqueline de Carvalho Ferreira- Coordenadora Técnica / Odontologia Preventiva –IOD
Responsável pelo Conteúdo:
Dr. Rodolfo Pires de Albuquerque
CRM: 40.137
Diretor Médico do Grupo NotreDame Intermédica