A endometriose é um problema de saúde bastante comum e atinge uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva. Esta condição acontece quando o endométrio, ou seja, a mucosa que reveste a parede interna do útero, cresce fora do útero, invadindo ovários, trompas, ligamentos uterinos e até intestino e bexiga.

Dor abdominal ou cólicas - podem ocorrer durante vários dias antes da menstruação;
Dor nas relações sexuais – quando há penetração;
Dor ao urinar e evacuar – mais comum durante o ciclo menstrual;
Sangramento excessivo – durante os períodos menstruais;
Fadiga, diarreia e náuseas – podem acontecer, mas não são tão comuns.

Embora ainda não se saiba a causa exata da endometriose, há algumas teorias. A principal é a da menstruação retrógrada. Ela acontece quando o sangue da menstruação, que contém células do endométrio, retorna pelas tubas uterinas ao invés de sair do corpo. Estas células do endométrio perdidas se instalam nas paredes dos órgãos da região pélvica e crescem. 

Além disso, há alguns fatores que aumentam o risco da endometriose, tais como:

• Nunca ter tido filhos;
• Começar a menstruar muito cedo;
• Menstruações que duram sete dias ou mais;
• Ciclos menstruais curtos, por exemplo, com menos de 27 dias;
• Anormalidades no útero;
• Um ou mais parentes – mãe, tia ou irmã – com endometriose.

Além das dores intensas, esta doença aumenta o risco de outros problemas de saúde. Por isto, a detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais. Entenda as possíveis complicações:

Infertilidade – a chance de engravidar diminui quando uma mulher tem endometriose. Isto acontece quando a endometriose afeta as trompas, órgão que conduz o óvulo ao útero. Além disto, a condição pode causar alterações hormonais e imunológicas que dificultam a gestação.

Câncer de ovário – embora não seja muito comum, estudos mostram que há evidências de que a endometriose aumenta o risco de desenvolvimento do câncer de ovário.

É muito importante ir ao ginecologista periodicamente e dar atenção aos sinais e sintomas da endometriose. Geralmente, o tratamento é feito com medicamentos e, se necessário, cirurgia. A intervenção precoce é fundamental para melhorar a qualidade de vida, interromper a progressão da doença e garantir que a fertilidade não seja comprometida.