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Cardiologista do GNDI ganha prêmio internacional com descoberta de novo mecanismo 

 

A paixão pela ciência foi o combustível para o médico Ênio Rodrigues Vasques perseguir seus objetivos

 

Formado há 30 anos pela USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto, o que motivou o cardiologista Ênio Rodrigues Vasques na escolha da medicina foi a paixão pela ciência. Desde cedo, já sabia que queria mergulhar no universo das descobertas e revolucionar a forma de salvar vidas.

 

Em 29 de julho de 2019, o pesquisador foi reconhecido internacionalmente pelo “The American Heart Association”, organização americana focada no cuidado com o coração, pela descoberta do tratamento de arritmias letais e não letais com o uso de uma medicação anticoagulante. O trabalho leva o nome “Enoxaparin Reverses Ventricular Tachycardia and Torsades de Pointes in Rat Isolated Heart Model”.

 

Ênio participou de iniciações científicas desde o primeiro ano da vida universitária e ganhou bolsa como um dos melhores projetos de pesquisa por quatro anos consecutivos na faculdade. Só deixou a vida dentro dos laboratórios por conta de questões sociais e financeiras: “Mas sabia que no momento que eu tivesse um consultório bem estabelecido, voltaria para a ciência”, afirma.

 

Retornou os projetos aos 42 anos, quinze depois de formado, com a possibilidade de estudar uma nova molécula para reverter arritmias e proteger células em situações de sofrimento por isquemia. A pesquisa durou cerca de 13 anos e, além do coração, foi testada em outros órgãos como fígado e pâncreas. “Tudo com um pouco de verba do governo, um pouco do meu bolso e a maior parte de laboratórios nacionais e internacionais”.

 

Por conta de não ter conseguido obter patente, Vasques perdeu grande parte dos investimentos, mesmo assim não se deu por vencido: enviou diversos trabalhos para os congressos brasileiro e mundial. Por último, enviou para o Congresso American Heart Association, dos Estados Unidos. “Eles poderiam enxergar melhor a qualidade da molécula”. A intenção inicial de apresentar o trabalho trouxe uma grata surpresa: o prêmio como melhor pesquisa brasileira. “Fiquei muito honrado, principalmente porque não é fácil ser premiado por americanos. Isso mostra que meu trabalho tem qualidade”, conta.

 

O cardiologista do Grupo NotreDame Intermédica já trabalhou no Hospital Santa Marcelina, coordenou uma unidade de cardiologia na Prevent Sênior e foi médico da Aeronáutica, além de ter atendido em vários consultórios particulares. Adquiriu o título de doutor em 2012 e, aos 55 anos, está concluindo o segundo pós-doutorado. Ele acredita que é preciso sempre fazer mais para contribuir com a medicina, pois todas as evoluções podem impactar a saúde de alguém: “É o que eu faço e que outros médicos precisam fazer quando sentem que a medicina não é só chegar no consultório e ir embora no final do dia”.

 

“Você tem de agarrar a sua ideia e utilizá-la. Se não for utilizar, passe para outra pessoa, como estou fazendo agora. Quando você publica seus estudos todos saberão e poderão dar continuidade”. Para ele, idade não é obstáculo; o que importa é estar sempre em movimento e fazer o que estiver ao alcance para ajudar as pessoas, seja exercendo a medicina, seja fazendo trabalhos sociais. “Optei pela descoberta, sou muito inquieto”, finaliza.

 

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